Spoiling. A caça ao tesouro na era da convergência das mídias.
Spoiler. O ato de liberar informações que são (ou deveriam ser) confidenciais é muito mais comum do que se imagina. Quem nunca se pegou debruçado diante a revistas ou sites de fofoca para tentar saber o que irá acontecer nos próximos capítulos da sua novela ou série predileta? Hoje em dia torna-se quase impossível alguém ser apenas um receptor passivo dentro do universo midiático. Todos querem participar deste processo que com a convergência das mídias possibilita que a interação entre emissor e recpetor se torne o que costumamos chamar de "todos-todos" (Pierre Levy), principalmente quando a prática do spoiling se dá através da self-media.
Segundo Henry Jenkis no livro Cultura da Convergência, citando Pierre Lévy, o spoiler é o fruto de uma inteligência coletiva, que seria a soma total de informações retidas individualmente pelos membros de um grupo e que podem ser acessadas em resposta a determinado questionamento ou suposição.
Como no caso do reality tv, Survivor, onde pessoas ao redor do mundo se reuniam em listas de discussões on-line para tentar descobrir informações sobre o programa de TV, que já havia sido gravado, antes da liberação oficial dos dados.
Para alguns,o spoiler é algo maravilhoso que permite saber com antecedência informações sobre determinado assunto de seu interesse, para outros um potencial "estraga prazer' que acaba com toda a magia envolvida na sensação de se surpreender com o inesperado.
A convergência das mídias acaba por incentivar que o público se torne mais ativo, tendo o poder de interferir no processo midiático de forma significativa, indo muitas vezes contra o desejo real dos produtores.
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