Inteligência Combinada

"[...] uma inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta uma mobilização efetiva das competências [...] "(LÉVY; pierre , A Inteligência Coletiva, 2007)

Ao invés dos meios de comunicação se chocarem, eles se cruzaram não um acabando com o outro. Para Henry Jenkins, autor do livro Cultura da Convergência, no primeiro capítulo "Desvendendo os segredos de SURVIVOR" a convergência se relaciona ao fluxo de conteúdos através de múltiplos suportes tecnológicos de comunicação, à cooperação entre múltiplos mercados midiáticos e ao comportamento migratório dos públicos dos meios de comunicação.

Para tanto, o autor aborda a questão da inteligência coletiva no sentido em que todos, em suas individualidades, possuem conhecimento e opiniões diferentes. Jenkis utilizando argumentos de Pierre Lévy afirma que a inteligência coletiva é distribuída por toda parte, na qual "todo o saber está na humanidade, ninguém sabe tudo, porém todos sabem alguma coisa".

No universo dos fãs na era digital, inteligência coletiva seria "uma forma de consumo coletivo”, é o que ocorre na internet: comunidades digitais possuem grupos de discussões nos quais as pessoas trocam perguntas às quais tentam responder.

Para trabalhar essa questão, o autor irá exemplificar com fãs do reality show Survivor que se uniam para conseguir informações do programa. Este programa é um dos maiores índices de audiência da televisão americana. O produtor Mark Burnett encarrega-se de despistar os fãs ocultando qualquer tipo de informações antes de ir ao ar. Apesar de todo segredo, os fãs se reúnem no objetivo de tentarem desvendar todos os mistérios que acerca a série SURVIVOR. São os spoilers , um contigente de fãs exaltados que não medem esforços para encontrar respostas.

Vimos portanto que, a era das convergências permitem modos de audiências comunitárias em vez de individualistas e que o processo de "spoinling" alavancam a expertise combinada de seus membros nessa comunidade virtual.

O que é mais interessante desse ciberespaço combinado é a maneira de como os fãs reagem diante um conhecimento articulado em massa, Pierre Levy nomeia essa cultura de conhecimento de "motor invisível e intangível".