REALITY TV: MEIO DE REVELAÇÃO OU DE PERSUASÃO?
Eduardo Moreira
No livro Cultura da Convergência (2006), no cápitulo Entrando no Jogo de American Idol, o autor Henry Jenkins apresenta o programa American Idol como sendo o primeiro utilizado pelo marketing para persuadir as pessoas. Ele mostra claramente que está convergência deu aos espectadores o direito de participar diretamente na classificação dos artistas, escolher quem permanece e quem sai no/do programa, permitiu a reprodução de novas midias (DVD, camisas, acessórios etc) criando assim uma economia afetiva. Já os anunciantes tinham como intuito mostrar as suas marcas. Para ampliar essa divulgação os anunciantes mudaram o perfil do programa e tentaram alienar a votação, como reação os espectadores criaram um grupo chamado “Vote nos Piores” para demonstrar a insatisfação pelo novo perfil.
Ao meu entendimento, acredito que de início a pretensão era revelar talentos, porém na medida em que o programa foi ganhando tamanha audiência (para uma época em que o espectador pode escolher o que assistir) o marketing começou a visar este comercio como meio de veiculação de anúncios em consequência modificou o perfil desses programas.