A sátira e a política
Henry Jenkins é considerado “um dos pesquisadores da mídia mais influentes da atualidade”. Durante os anos de 1993 e 2009 ele esteve à frente do programa de Estudos de Mídia Comparada do Mit. Atualmente, Jenkins atua como professor de Comunicação, Jornalismo e Artes Cinematográficas na University off Southern Califórnia.
Segundo o autor no livro Cultura da Convergência (2006) um dos fatores que deu inicio a relação entre política e cultura popular nos Estados Unidos foi a publicação em (2004) de um vídeo editado com imagens do noticiário do programa O Aprendiz, o qual pertencia a Donald Trump.
O vídeo trazia a trajetória de “George W.”. Bush que assumiria a tarefa de ser presidente dos Estados Unidos. Porém de uma forma satírica, o vídeo demostra farsanhas cometidas por Bush: mentiras para justificar guerras, fracasso na economia e gastos além do alçamento permitido.
O que Bush não esperava e que fosse surpreendido por Donald, que de forma inteligente e visionaria deu inicio a um processo altamente democrático onde os cidadãos passam a decidirem o destino de seu pais através de uma mídia que todos poderiam participar.
Após este acontecimento, a politica sofre algumas transformações, pois com o crescimento nos meios de comunicação os partidos políticos tomam novos rumos para realizarem suas campanhas eleitorais. Diante do novo cenário, a política que antes era realizada através de jornais, rádios e televisão, passa a ser realizada a partir de uma nova tecnologia (Internet), que torna a politica um fator de maior credibilidade, pois o cidadão participa como autor do processo politico e não apenas como receptor de informações através de meios de comunicação alienantes.
Com uso desse novo ambiético nas campanhas politicas, os blogueiros em especial os amadores aqueceram a politica com informações que não eram publicadas pelos jornais e transmitidas em rádios e pela televisão, pois a censura da época não admitia.
Além desse processo, existia uma discriminação aos bloguerios amadores da época, o que era contraditório, pois a partir de padrões profissionais eram também omitido informações pelos “jornalistas profissionais, o que nos levava á acreditar que esse processo era uma forma repressora e não democrática por parte de quem estava no poder”.
Diante dessas transformações, entende-se que o fator principal a ser levado em consideração é a possibilidade da participação dos cidadãos através de suas opiniões, de uma maior diversificação através das mídias e a quebra de monopólios capitalistas adotados em processos políticos.